domingo

Facciosismo

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Facciosismo
 “Mas se tendes amarga inveja e sentimento faccioso, em
vosso coração, não vos glorieis nem mintais contra a verdade.”
 
                                                                                                       (Tiago, 3:14)
 
 Toda escola religiosa apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa vontade.
Não obstante os abusos do sacerdócio, a exploração inferior do elemento
humano e as fantasias do culto exterior, o coração sincero beneficiar-se-á
amplamente, na fonte da fé, iluminando-se para encontrar a Consciência Divina em
si mesmo.
Mas em todo instituto religioso, propriamente humano, há que evitar um
perigo o sentimento faccioso, que adia, indefinidamente, as mais sublimes
edificações espirituais.
Católicos, protestantes, espiritistas, todos eles se movimentam, ameaçados
pelo monstro da separação, como se o pensamento religioso traduzisse fermento da
discórdia.
Infelizmente, é muito grande o número de orientadores encarnados que se
deixam dominar por suas garras perturbadoras.
Espessos obstáculos impedem a visão da maioria.
Querem todos que Deus lhes pertença, mas não cogitam de pertencer a
Deus.
Que todo aprendiz do Cristo esteja preparado a resistir ao mal; é
imprescindível, porém, que compreenda a paternidade divina por sagrada herança de
todas as criaturas, reconhecendo que, na Casa do Pai, a única diferença entre os
homens é a que se mede pelo esforço nobre de cada um.
 
Vinha de Luz
Da coleção "Fonte Viva"
(Interpretação dos textos Evangélicos) ditado pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi estudo e Reflexão da reunião Espírita de sexta feira 09/08/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
O LIVRO DOS MÉDIUNS
CAPÍTULO XX
 
DA INFLUÊNCIA MORAL
DO MÉDIUM
230. A seguinte instrução deu no la, sobre o assunto, um Espírito de quem temos
inserido muitas comunicações:
“Já o dissemos: os médiuns, apenas como tais, só secundária influência
exercem nas comunicações dos Espíritos; o papel deles é o de uma máquina elétrica,
que transmite os despachos telegráficos, de um ponto da Terra a outro ponto
distante.
Assim, quando queremos ditar uma comunicação, agimos sobre o médium,
como o empregado do telégrafo sobre o aparelho, isto é, do mesmo modo que o
tique taque do telégrafo traça, a milhares de léguas, sobre uma tira de papel, os
sinais reprodutores do despacho, também nós comunicamos, por meio do aparelho
mediúnico, através das distâncias incomensuráveis que separam o mundo visível do
mundo invisível, o mundo imaterial do mundo carnal, o que vos queremos ensinar.
Mas, assim como as influências atmosféricas atuam, perturbando, muitas vezes, as
transmissões do telégrafo elétrico, igualmente a influência moral do médium atua e
perturba, às vezes, a transmissão dos nossos despachos de além túmulo,
porque somos obrigados a fazê-los passar por um meio que lhes é contrário.
Entretanto, essa influência, amiúde, se anula, pela nossa energia e vontade, e nenhum ato perturbador se manifesta.
Com efeito, os ditados de alto alcance filosófico, as comunicações de
perfeita moralidade são transmitidas algumas vezes por médiuns impróprios a esses
ensinos superiores; enquanto que, por outro lado, comunicações pouco edificantes
chegam também, às vezes, por médiuns que se envergonham de lhes haverem
servido de condutores.
“Em tese geral, pode afirmar-se que os Espíritos atraem Espíritos que lhes
são similares e que raramente os Espíritos das plêiadas elevadas se comunicam por
aparelhos maus condutores, quando têm à mão bons aparelhos mediúnicos, bons
médiuns, numa palavra.”
“Os médiuns levianos e pouco sérios atraem, pois, Espíritos da mesma
natureza; por isso é que suas comunicações se mostram cheias de banalidades,
frivolidades, idéias truncadas e, não raro, muito heterodoxas, espiriticamente
falando.
Certamente, podem eles dizer, e às vezes dizem, coisas aproveitáveis; mas,
nesse caso, principalmente, é que um exame severo e escrupuloso se faz necessário,
porquanto, de envolta com essas coisas aproveitáveis, Espíritos hipócritas insinuam,
com habilidade e preconcebida perfídia, fatos de pura invencionice, asserções
mentirosas, a fim de iludir a boa fé
dos que lhes dispensam atenção.
Devem riscar-se, então, sem piedade, toda palavra, toda frase equívoca e só conservar do ditado o que a lógica possa aceitar, ou o que a Doutrina já ensinou.
 As comunicações desta natureza só são de temer para os espíritas que trabalham isolados, para os grupos novos, ou pouco esclarecidos, visto que, nas reuniões onde os adeptos estão adiantados e já adquiriram experiência, a gralha perde o seu tempo a se adornar com as penas do pavão: acaba sempre desmascarada.”
“Não falarei dos médiuns que se comprazem em solicitar e receber
comunicações obscenas.
Deixemos se deleitem na companhia dos Espíritos cínicos.
Aliás, os autores das comunicações desta ordem buscam, por si mesmos, a solidão e
o isolamento; porquanto só desprezo e nojo poderão causar entre os membros dos
grupos filosóficos e sérios.
Onde, porém, a influência moral do médium se faz
realmente sentir, é quando ele substitui, pelas que lhe são pessoais, as idéias que os
Espíritos se esforçam por lhe sugerir e também quando tira da sua imaginação
teorias fantásticas que, de boa fé, julga resultarem de uma comunicação intuitiva.
É de apostar-se então mil contra um que isso não passa de reflexo do próprio Espírito
do médium.
Dá se mesmo o fato curioso de mover-se a mão do médium, quase
mecanicamente às vezes, impelida por um Espírito secundário e zombeteiro.
É essa a pedra de toque contra a qual vêm quebrar-se
as imaginações ardentes, por isso que,
arrebatados pelo ímpeto de suas próprias idéias, pelas lentejoulas de seus
conhecimentos literários, os médiuns desconhecem o ditado modesto de um Espírito
criterioso e, abandonando a presa pela sombra, o substituem por uma paráfrase
empolada.
Contra este escolho terrível vêm igualmente chocar-se as personalidades
ambiciosas que, em falta das comunicações que os bons Espíritos lhes recusam,
apresentam suas próprias obras como sendo desses Espíritos.
 Daí a necessidade de serem, os diretores dos grupos espíritas, dotados de fino tato, de rara sagacidade, para discernir as comunicações autênticas das que não o são e para não ferir os que se iludem a si mesmos.”
“Na dúvida, abstém te, diz um dos vossos velhos provérbios.
Não admitais, portanto, senão o que seja, aos vossos olhos, de manifesta evidência.
Desde que uma opinião nova venha a ser expendida, por pouco que vos pareça duvidosa, fazeia passar pelo crisol da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o que a razão e o bom senso reprovarem.
Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.
Efetivamente, sobre essa teoria poderíeis edificar
um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um
monumento edificado sobre areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje
algumas verdades, porque não vos são demonstradas clara e logicamente, mais tarde
um fato brutal, ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos
a sua autenticidade.”
“Lembrai-vos, no entanto, ó espíritas! de que, para Deus e para os bons
Espíritos, só há um impossível: a injustiça e a iniquidade.”
“O Espiritismo já está bastante espalhado entre os homens e já moralizou
suficientemente os adeptos sinceros da sua santa doutrina, para que os Espíritos já
não se vejam constrangidos a usar de maus instrumentos, de médiuns imperfeitos.
Se, pois, agora, um médium, qualquer que ele seja, se tornar objeto de legítima
suspeição, pelo seu proceder, pelos seus costumes, pelo seu orgulho, pela sua falta
de amor e de caridade, repeli, repeli suas comunicações, porquanto aí estará uma
serpente oculta entre as ervas.
É esta a conclusão a que chego sobre a influência moral dos médiuns.”
 
                                                                                                           (ERASTO).


Em Combate

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Em combate
 
“Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.”
 
                                                                                                        Paulo (Hebreus, 12:4)
 
O discípulo sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no campo do coração.
A princípio, desenrola-se o combate em clima sereno, ao doce calor do lar tranquilo.
As árvores das afeições domésticas amenizam as experiências mais fortes.
Esperanças de todos os matizes povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
Falam os ideais em voz alta, relativamente às vitórias porvindouras.
O lutador domina os elementos materiais e, não poucas vezes, supõe
consumado o triunfo verdadeiro.
O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do espírito exige esforço integral do combatente.
E, mais tarde, o lidador cristão é convidado a testemunhos mais ásperos, compelido à batalha solitária, sem o recurso de outros tempos.
A lei de renovação modifica-lhe os roteiros, subtrai-lhe as ilusões,
Seleciona-lhe os ideais.
A morte devasta-lhe o círculo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o
à meditação.
O tempo impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se desanimam na grande empreitada e voltam, medrosos, às
sombras inferiores.
Os que perseverarem, todavia, experimentarão a resistência até ao sangue.
Não se trata aqui, porém, do sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos
que não somente unem o espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos
companheiros de séquito familiar.
Quando o aprendiz receber a dor em si próprio, Compreendendo-lhe
a santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la,
acima de toda a preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição
de triunfo no combate contra o mal.
 
Vinha de Luz
Da coleção "Fonte Viva"
(Interpretação dos textos Evangélicos) ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 06/08/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
 
 O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO V
 BEM-AVENTURADOS
OS AFLITOS
 
SERÁ LÍCITO ABREVIAR A VIDA DE UM DOENTE QUE SOFRA SEM
ESPERANÇA DE CURA?
 
28. Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos.
Sabe-se que seu estado é desesperador.
Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias,
Apressando-se-lhe o fim?
Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus?
Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha?
Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira.
A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?
Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores;
mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades!
Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe
de grande importância.
Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer
nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.
O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é
inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além túmulo, conhece o valor de um último pensamento.
Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos
de abreviar a vida, ainda que de
um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro.
– S. Luís.
(Paris, 1860)


Consciência

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Consciência
 
“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.”
                                                                                                                                
                                               Paulo (I Timóteo, 3:9)
 
Curiosidade ou sofrimento oferecem portas à fé, mas não representam o
vaso divino destinado à sua manutenção.
Em todos os lugares, observamos pessoas que, em seguida a grandes
calamidades da sorte, correm pressurosas aos templos ou aos oráculos novos,
manifestando esperança no remédio das palavras.
O fenômeno, entretanto, muitas vezes, é apenas verbal.
O que lhes vibra no coração é o capricho insatisfeito ou ferido pelos azorragues de experiências cruéis...
Claro que semelhante recurso pode constituir um caminho para a edificação
da confiança, sem ser, contudo, a providência ideal.
Paulo de Tarso, em suas recomendações a Timóteo. esclarece o problema
com traço firme.
É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros.
Sem isso, o homem oscilará, na intranqüilidade, pela insegurança do mundo
íntimo.
A consciência obscura ou tisnada inclina-se, invariavelmente, para as
retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a
criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça.
Os aprendizes do Evangelho devem recordar o conselho paulino que se
reveste de profunda importância para todas as escolas do Cristianismo.
O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina.
Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos
pensamentos.
 
Vinha de Luz
3º livro da coleção "Fonte Viva"
Interpretação dos textos Evangélicos ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de sexta feira 02/08/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
 
O LIVRO DOS MÉDIUNS
 CAPÍTULO XX
 DA INFLUÊNCIA MORAL
DO MÉDIUM
 
227. Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento,
exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral.
Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade.
A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie
de atração, ou de repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles.
Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as
qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos
Espíritos que por ele se comunicam.
Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm
grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos
evocados.
As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são:
a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o
desprendimento das coisas materiais.
Os defeitos que os afastam são:
o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.


sábado

A Fuga

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A fuga
 
                     “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado.”
 
                                                                                                      Jesus (Mateus, 24:20)
 
A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa.
              Para que alguém se retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
   Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
         Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim demandará novos planos.
 Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral, salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o “inverno” ou os derradeiros recursos de tempo,
 recebidos para o serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades.
Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior
para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas.
Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão.
E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!
 
 Vinha de Luz
3º livro da coleção "Fonte Viva"
Interpretação dos textos Evangélicos ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 23/07/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
 
 
O Evangelho Segundo o Espiritismo
CAPÍTULO XIII
 
NÃO SAIBA A VOSSA MÃO
ESQUERDA O QUE DÊ A VOSSA
MÃO DIREITA
O ÓBOLO DA VIÚVA
 
5. Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, a observar de que modo
     o povo lançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em
abundância. Nisso, veio também uma pobre viúva que apenas deitou duas
pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. Chamando então
seus discípulos, disse-lhes:
 
“Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela
deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento”.
 
                                                                           (MARCOS, 12:41 a 44; LUCAS, 21:1 a 4)
 
6. Muita gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação.
É sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera. 
Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos?
Não haverá quem, desejando fazer bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir de um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto?
 Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles os perscrutassem, anula o mérito do intento, visto que, com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si.
O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os
recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos.
Haveria nisso o sacrifício que mais agrada ao Senhor.
Infelizmente, a maioria vive a sonhar com os meios de mais facilmente se enriquecer de súbito e sem esforço, correndo atrás de quimeras, quais a descoberta de tesouros, de uma favorável ensancha aleatória, do recebimento de inesperadas heranças, etc.
Que dizer dos que esperam encontrar-nos
Espíritos auxiliares que os secundem na consecução de tais objetivos?
Certamente não conhecem, nem compreendem a sagrada finalidade do Espiritismo e, ainda menos, a missão dos Espíritos a quem Deus permite se comuniquem com os homens.
Daí vem o serem punidos pelas decepções,
(O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, nº 294 e 295)
Aqueles cuja intenção está isenta de qualquer idéia pessoal, devem Consolar-se da impossibilidade em que se vêem de fazer todo o bem que desejariam,
Lembrando-se de que o óbolo do pobre, do que dá privando-se do necessário, pesa mais na balança de Deus do que o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma, Grande seria realmente a satisfação do primeiro, se pudesse socorrer, em larga escala, a indigência; mas, se essa satisfação lhe é negada, submeta-se e se limite a fazer o que possa.
Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar
lágrimas e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro?
Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo.
Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um
serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil.
Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo?
 Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva.


quinta-feira

Jesus Sanador

                                                            Jesus Sanador

 
 Imagem muito Rara e restaurada pelo nosso querido amigo fraterno Carlos da casa espírita sucursal Domingos Dias