sábado

A Fuga

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A fuga
 
                     “E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado.”
 
                                                                                                      Jesus (Mateus, 24:20)
 
A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa.
              Para que alguém se retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
   Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
         Muita vez, é preciso violentar o próprio coração. Somente assim demandará novos planos.
 Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral, salientando as necessidades do indivíduo.
É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o “inverno” ou os derradeiros recursos de tempo,
 recebidos para o serviço humano.
Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades.
Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior
para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas.
Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão.
E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!
 
 Vinha de Luz
3º livro da coleção "Fonte Viva"
Interpretação dos textos Evangélicos ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 23/07/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
 
 
O Evangelho Segundo o Espiritismo
CAPÍTULO XIII
 
NÃO SAIBA A VOSSA MÃO
ESQUERDA O QUE DÊ A VOSSA
MÃO DIREITA
O ÓBOLO DA VIÚVA
 
5. Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, a observar de que modo
     o povo lançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em
abundância. Nisso, veio também uma pobre viúva que apenas deitou duas
pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. Chamando então
seus discípulos, disse-lhes:
 
“Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela
deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento”.
 
                                                                           (MARCOS, 12:41 a 44; LUCAS, 21:1 a 4)
 
6. Muita gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação.
É sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera. 
Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos?
Não haverá quem, desejando fazer bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozos mais, por usufruir de um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto?
 Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles os perscrutassem, anula o mérito do intento, visto que, com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si.
O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os
recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos.
Haveria nisso o sacrifício que mais agrada ao Senhor.
Infelizmente, a maioria vive a sonhar com os meios de mais facilmente se enriquecer de súbito e sem esforço, correndo atrás de quimeras, quais a descoberta de tesouros, de uma favorável ensancha aleatória, do recebimento de inesperadas heranças, etc.
Que dizer dos que esperam encontrar-nos
Espíritos auxiliares que os secundem na consecução de tais objetivos?
Certamente não conhecem, nem compreendem a sagrada finalidade do Espiritismo e, ainda menos, a missão dos Espíritos a quem Deus permite se comuniquem com os homens.
Daí vem o serem punidos pelas decepções,
(O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, nº 294 e 295)
Aqueles cuja intenção está isenta de qualquer idéia pessoal, devem Consolar-se da impossibilidade em que se vêem de fazer todo o bem que desejariam,
Lembrando-se de que o óbolo do pobre, do que dá privando-se do necessário, pesa mais na balança de Deus do que o ouro do rico que dá sem se privar de coisa alguma, Grande seria realmente a satisfação do primeiro, se pudesse socorrer, em larga escala, a indigência; mas, se essa satisfação lhe é negada, submeta-se e se limite a fazer o que possa.
Aliás, será só com o dinheiro que se podem secar
lágrimas e dever-se-á ficar inativo, desde que se não tenha dinheiro?
Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo.
Procure-as e elas se lhe depararão; se não for de um modo, será de outro, porque ninguém há que, no pleno gozo de suas faculdades, não possa prestar um
serviço qualquer, prodigalizar um consolo, minorar um sofrimento físico ou moral, fazer um esforço útil.
Não dispõem todos, à falta de dinheiro, do seu trabalho, do seu tempo, do seu repouso, para de tudo isso dar uma parte ao próximo?
 Também aí está a dádiva do pobre, o óbolo da viúva.


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