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Em Combate

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Em combate
 
“Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.”
 
                                                                                                        Paulo (Hebreus, 12:4)
 
O discípulo sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no campo do coração.
A princípio, desenrola-se o combate em clima sereno, ao doce calor do lar tranquilo.
As árvores das afeições domésticas amenizam as experiências mais fortes.
Esperanças de todos os matizes povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
Falam os ideais em voz alta, relativamente às vitórias porvindouras.
O lutador domina os elementos materiais e, não poucas vezes, supõe
consumado o triunfo verdadeiro.
O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do espírito exige esforço integral do combatente.
E, mais tarde, o lidador cristão é convidado a testemunhos mais ásperos, compelido à batalha solitária, sem o recurso de outros tempos.
A lei de renovação modifica-lhe os roteiros, subtrai-lhe as ilusões,
Seleciona-lhe os ideais.
A morte devasta-lhe o círculo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o
à meditação.
O tempo impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se desanimam na grande empreitada e voltam, medrosos, às
sombras inferiores.
Os que perseverarem, todavia, experimentarão a resistência até ao sangue.
Não se trata aqui, porém, do sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos
que não somente unem o espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos
companheiros de séquito familiar.
Quando o aprendiz receber a dor em si próprio, Compreendendo-lhe
a santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la,
acima de toda a preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição
de triunfo no combate contra o mal.
 
Vinha de Luz
Da coleção "Fonte Viva"
(Interpretação dos textos Evangélicos) ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 06/08/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
 
 O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO V
 BEM-AVENTURADOS
OS AFLITOS
 
SERÁ LÍCITO ABREVIAR A VIDA DE UM DOENTE QUE SOFRA SEM
ESPERANÇA DE CURA?
 
28. Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos.
Sabe-se que seu estado é desesperador.
Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias,
Apressando-se-lhe o fim?
Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus?
Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha?
Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira.
A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?
Sei bem haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores;
mas, se não há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e recobrar por alguns instantes as faculdades!
Pois bem: essa hora de graça, que lhe é concedida, pode ser-lhe
de grande importância.
Desconheceis as reflexões que seu Espírito poderá fazer
nas convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.
O materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é
inapto a compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além túmulo, conhece o valor de um último pensamento.
Minorai os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos
de abreviar a vida, ainda que de
um minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro.
– S. Luís.
(Paris, 1860)


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