79
Em
combate
“Ainda não
resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.”
Paulo (Hebreus, 12:4)
O discípulo
sincero do Evangelho vive em silenciosa batalha no campo do coração.
A princípio,
desenrola-se o combate
em clima sereno, ao doce calor do lar tranquilo.
As árvores das afeições domésticas amenizam as
experiências mais fortes.
Esperanças
de todos os matizes povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
Falam os
ideais em voz alta, relativamente às vitórias porvindouras.
O lutador
domina os elementos materiais e, não poucas vezes, supõe
consumado
o triunfo verdadeiro.
O
trabalho, entretanto, continua.
A vitória
do espírito exige esforço integral do combatente.
E, mais
tarde, o lidador cristão é convidado a testemunhos mais ásperos, compelido à
batalha solitária,
sem o recurso de outros tempos.
A lei de
renovação modifica-lhe os roteiros, subtrai-lhe as ilusões,
Seleciona-lhe
os ideais.
A morte devasta-lhe o círculo íntimo, submete-o
ao insulamento, impele-o
à meditação.
O tempo
impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se
desanimam na grande empreitada e voltam, medrosos, às
sombras
inferiores.
Os que
perseverarem, todavia, experimentarão a resistência até ao sangue.
Não se
trata aqui, porém, do sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos
que não
somente unem o espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos
companheiros
de séquito familiar.
Quando o
aprendiz receber a dor em si próprio, Compreendendo-lhe
a
santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la,
acima de
toda a preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição
de
triunfo no combate contra o mal.
Vinha de Luz
Da coleção "Fonte Viva"
(Interpretação dos textos Evangélicos) ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 06/08/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
Da coleção "Fonte Viva"
(Interpretação dos textos Evangélicos) ditados pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 06/08/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
CAPÍTULO V
OS AFLITOS
SERÁ LÍCITO
ABREVIAR A VIDA DE UM DOENTE QUE SOFRA SEM
ESPERANÇA
DE CURA?
28. Um
homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos.
Sabe-se que seu
estado é desesperador.
Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes
de angústias,
Apressando-se-lhe
o fim?
Quem vos
daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus?
Não pode
ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo
voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha?
Ainda que haja chegado ao último extremo um
moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora
derradeira.
A Ciência
não se terá enganado nunca em suas previsões?
Sei bem
haver casos que se podem, com razão, considerar desesperadores;
mas, se não
há nenhuma esperança fundada de um regresso definitivo à vida e à saúde, existe
a possibilidade, atestada por inúmeros exemplos, de o doente, no momento mesmo de exalar o último suspiro, reanimar-se e
recobrar por alguns instantes as faculdades!
Pois bem: essa hora de graça, que lhe é
concedida, pode ser-lhe
de grande
importância.
Desconheceis
as reflexões que seu Espírito poderá fazer
nas
convulsões da agonia e quantos tormentos lhe pode poupar um relâmpago de arrependimento.
O
materialista, que apenas vê o corpo e em nenhuma conta tem a alma, é
inapto a
compreender essas coisas; o espírita, porém, que já sabe o que se passa no além
túmulo, conhece o valor de um último pensamento.
Minorai
os derradeiros sofrimentos, quanto o puderdes; mas, guardai-vos
de
abreviar a vida, ainda que de
um
minuto, porque esse minuto pode evitar muitas lágrimas no futuro.
– S. Luís.
(Paris,
1860)
Nenhum comentário:
Postar um comentário