terça-feira

Nos Mesmos Pratos

 
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Nos mesmos pratos
 
“E ele, respondendo, disse:
 O que mete comigo a mão no prato, esse me há de trair.”
                                                                                                         (Mateus, 26:23)
 
Toda ocorrência, na missão de Jesus, reveste-se de profunda expressão simbólica.
Dificilmente o ataque de estranhos poderia provocar o Calvário doloroso.
Os juízes do Sinédrio, pessoalmente, não se achavam habilitados a movimentar o
sinistro assunto, nem os acusadores gratuitos do Mestre poderiam, por si mesmos,
efetuar o processo infamante.
Reclamava-se alguém que fraquejasse e traísse a si mesmo.
A ingratidão não é planta de campo contrário.
O infrator mais temível, em todas as boas obras, é sempre o amigo
transviado, o companheiro leviano e o irmão indiferente.
Não obstante o respeito que devemos a Judas redimido, convém recordar a
lição, em favor do serviço de vigilância, não somente para os discípulos em
aprendizado, a fim de que não fracassem, como também para os discípulos em
testemunho para que exemplifiquem com o Senhor, compreendendo, agindo e
perdoando.
Nas linhas do trabalho cristão, não é demais aguardar grandes lutas e
grandes provas, considerando-se, porém, que as maiores angústias não procederão
de círculos adversos, mas justamente da esfera mais íntima, quando a inquietação e a
revolta, a leviandade e a imprevidência penetram o coração daqueles que mais
amamos.
De modo geral, a calúnia e o erro, a defecção e o fel não partem de nossos
opositores declarados, mas, sim, daqueles que se alimentam conosco, nos mesmos
pratos da vida.
Conserve-se cada discípulo plenamente informado, com respeito a
semelhante verdade, a fim de que saibamos imitar o Senhor, nos grandes dias.
 
Da coleção "Fonte Viva"
(Interpretação dos textos Evangélicos) ditado pelo espírito:
Emmanuel
Psicografada por:
Francisco Cândido Xavier
(Esta mensagem foi estudo e Reflexão da reunião Espírita de Terça feira 03/09/2013 na cruzada espírita, sucursal Domingos Dias)
 
 
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO XXI
 HAVERÁ FALSOS CRISTOS
E FALSOS PROFETAS
 
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
                                                    OS FALSOS PROFETAS
 
Se vos disserem: “O Cristo está aqui”, não vades; ao contrário, tende-vos em
guarda, porquanto numerosos serão os falsos profetas.
Não vedes que as folhas da figueira começam a branquear; não vedes os seus múltiplos rebentos aguardando a época da floração; e não vos disse o Cristo: Conhece-se
a árvore pelo fruto?
Se, pois, são amargos os frutos, já sabeis que má é a árvore; se, porém, são doces e
saudáveis, direis: “Nada que seja puro pode provir de fonte má.”
É assim, meus irmãos, que deveis julgar; são as obras que deveis examinar.
Se os que se dizem investidos de poder divino revelam sinais de uma missão de
natureza elevada, isto é, se possuem no mais alto grau as virtudes cristãs e eternas: a
caridade, o amor, a indulgência, a bondade que concilia os corações; se, em apoio
das palavras, apresentam os atos, podereis então dizer:
Estes são realmente enviados de Deus.
Desconfiai, porém, das palavras melífluas, desconfiai dos escribas e dos
fariseus que oram nas praças públicas, vestidos de longas túnicas.
Desconfiai dos que pretendem ter o monopólio da verdade! Não, não, o Cristo não está entre esses, porquanto os que ele envia para propagar a sua santa doutrina e regenerar o seu povo serão, acima de tudo, seguindo-lhe o exemplo, brandos e humildes de coração; os que hajam, com os exemplos e conselhos que prodigalizem, de salvar a
Humanidade, que corre para a perdição e pervaga por caminhos tortuosos, serão
essencialmente modestos e humildes.
De tudo o que revele um átomo de orgulho, fugi, como de uma lepra contagiosa, que corrompe tudo em que toca.
Lembrai-vos de que cada criatura traz na fronte, mas principalmente nos atos, o cunho da sua grandeza ou da sua inferioridade.
Ide, portanto, meus filhos bem amados, caminhai sem tergiversações, sem
pensamentos ocultos, na rota bendita que tomastes.
Ide, ide sempre, sem temor;
afastai, cuidadosamente, tudo o que vos possa entravar a marcha para o objetivo eterno.
13 Ver, sobre a maneira de se distinguirem os Espíritos: O Livro dos Médiuns , 2ª Parte, cap. XXIV e seguintes.
 Viajores, só por pouco tempo mais estareis nas trevas e nas dores da
provação, se abrirdes o vosso coração a essa suave doutrina que vos vem revelar as
leis eternas e satisfazer a todas as aspirações de vossa alma acerca do desconhecido.
Já podeis dar corpo a esses silfos ligeiros que vedes passar nos vossos sonhos e que,
efêmeros, apenas vos encantavam o espírito, sem coisa alguma dizerem ao vosso
coração.
Agora, meus amados, a morte desapareceu, dando lugar ao anjo radioso que
conheceis, o anjo do novo encontro e da reunião! Agora, vós que bem
desempenhado haveis a tarefa que o Criador confia às suas criaturas, nada mais
tendes de temer da sua justiça, pois ele é pai e perdoa sempre aos filhos transviados
que clamam por misericórdia.
Continuai, portanto, avançai incessantemente.
Seja vossa divisa a do progresso, do progresso contínuo em todas as coisas, até que,
finalmente, chegueis ao termo feliz da jornada, onde vos esperam todos os que vos
precederam. – Luís. (Bordéus, 1861)


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